24 abril 2012

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Conheci o Miguel Portas em 1984, no casamento de uns amigos.
Em 1985 fiz a capa do primeiro número (cujo tema  era o ciúme) da revista Contraste, um dos projectos editoriais em que ele se aventurou.
Apesar de lhe pedir repetidas vezes nunca me devolveu o original.
Acabei por ter de o resgatar com a ajuda de amigos.
Depois resolvi acrescentar alguns elementos coloridos ao desenho.

A última vez que falei com ele deve ter sido em 1996 ou 1997, andava ele metido noutro projecto editorial, desta vez o jornal Já.
Fui contactado para fazer umas bds num outro projecto que nunca avançou, a revista Alice, se a memória não me atraiçoa.
Encontrei-o nas instalações do jornal e depois de o cumprimentar perguntei-lhe se ele era realmente admirador do Jodorowsky, pois tinha lido isso numa entrevista.
Ele respondeu-me "nem pensar, claro que não gosto nada dele, o que te levou a pensar isso?".
Fiquei espantado e pensei o que teria acontecido para ele mudar de ideias?
Ao fim de algum tempo de conversa acesa ele disse "acho o Jirinovski insuportável". Disse-lhe que também não gostava nada dele mas que lhe tinha perguntado se gostava do Jodorowsky, que tinha escrito, entre outras coisas, as aventuras do Incal.
Disse que realmente apreciava a obra de Alejandro Jodorowsky.
Ainda nos rimos um bocado desta confusão de nomes e da confusão que causou.